domingo, 27 de julho de 2014

Pr. Silas Malafaia Denuncia Perseguição Religiosa do PT

quinta-feira, 1 de março de 2012

A era do saber gratuito

Na onda de protestos do movimento Occupy Wall Street, no ano passado, uma das demandas era de que o governo americano garantisse acesso gratuito à educação a distância. Especialistas acreditam que entramos numa era em que o conteúdo educacional estará disponível online de graça. Como o senhor vê esse processo?

A tendência vai ser nessa direção. Com todo o conhecimento humano aos poucos entrando na web, a universidade não vai poder cobrar pelo conteúdo. Veja o projeto Google Acadêmico, eles já alcançaram mais da metade da meta de colocar 32 milhões de títulos em domínio público na rede. A digitalização faz com que a gente tenha de ser generoso. No passado, vivíamos numa sociedade de escassez. Poucos tinham acesso a livros – ou a chocolate ou a especiarias. Hoje em dia podemos dar informação de graça. Se não estiver no domínio público, vamos ter patrocinadores, como tem patrocinador na TV aberta. Pense no benefício para o conjunto da sociedade quando todo o conhecimento humano estiver à disposição.
Qual o papel da universidade nesse processo?
Elas vão ter de se destacar pela orientação que dão ao aluno, pela capacidade de facilitar a compreensão do conteúdo. E também pela certificação. A pessoa estuda química industrial por conta própria e diz: “Quero ter um diploma.” A universidade aplica um exame e, se o sujeito passar, ganha a certificação.

No Brasil, o governo ainda obriga as instituições a fazer vestibular para alunos de cursos a distância. Em outros países, quem termina o ensino médio tem esse direito. Como podemos competir nesse cenário?
Se o Brasil quer continuar a oferecer universidade pública gratuita, por que limitar isso a quem consegue fazer um bom ensino médio e passar no vestibular? Por que não abrir as portas totalmente? É o que eles fazem na Europa e principalmente na Ásia, que tem universidades abertas a distância de grande qualidade. A Universidade Indira Gandhi, da Índia, tem 3,2 milhões de alunos! Os asiáticos estão na frente agora. Perceberam que suas universidades de formação da elite não estavam dando conta da produção de recursos humanos qualificados que um país moderno precisa – coisa que o Brasil só agora está começando a perceber. A instituição de elite continuará existindo, mas não vai formar força de trabalho em número suficiente. Na Ásia eles têm uma mistura de universidades de elite de alta qualidade com a sociedade da abundância de conhecimento. Formam centenas de milhares de pessoas por ano, sem vestibular.



Fonte: estadao.com.br





sábado, 1 de outubro de 2011


BLOGANDO SOBRE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A experiência de conhecer blogs que tratam do assunto de educação a distância foi extremamente significativa e enriquecedora. Durante o período da atividade tive a oportunidade de trocar informações com profissionais de várias áreas da educação de diversas regiões do Brasil e conhecer opiniões diversificadas sobre o tema.
Um dos blogs que estive acompanhando é o www.educacaoadistancia.blog.br e de todos que visitei, acreditei este ser o mais profissional ao tratar do assunto. Ele é mantido pelo Instituto EADVIRTUAL – Ensino e Pesquisa Ltda. e vem desenvolvendo projetos de capacitação profissional nas mais diversas áreas de conhecimento – presencial e a distância. Centenas de pessoas postam mensagens nesse site e por diversas vezes postei comentários e opiniões a respeito dos temas em destaque, mas percebi que não houve interação com os demais participantes, não em virtude do querer dos participantes, mas acredito que o site não proporciona essa possibilidade de interação. Os assuntos tratados são abrangentes e enriquecedores além do internauta ter opções de baixar conteúdos e realizar cursos online à distância. Uma outra opção muito interessante neste blog é de receber atualizações por e-mail semanalmente com matérias e assuntos importantes ligados à educação a distância.

O segundo blog que tive a oportunidade de visitar foi o http://joaomattar.com/blog/ também de conteúdo extremamente rico e interessante, onde centenas de pessoas postam comentários, críticas e observações que são monitoradas e respondidas pelo autor. Durante o tempo de construção desta atividade pude visitar inúmeros sites de instituições de educação à distância e blogs particulares e passei a acompanhar os conteúdos também através do meu próprio blog com uma ferramenta de atualizações.
Já havia criado em blog em 2009 com a intenção de falar de qualificação profissional, ultimamente também passei a abordar a questão da educação a distância. Desde o início das minhas leituras um assunto ficou muito em evidencia, todos os blogs que li comentam sobre a flexibilidade de tempo, de horários de estudo e custo inferior em relação aos cursos 100% presenciais que a Ead oferece e que esses fatores estimulam a procura pelo ensino a distância como alternativa mais adequada à rotina dos estudantes, mas há um alerta geral, deve-se tomar cuidado na escolha do curso, de acordo com o Professor especialista João Mattar  é preciso atentar mais para a qualidade dos modelos de conteúdo adotados do que para a quantidade, seja de alunos matriculados, seja de instituições de ensino superior a distância. "Sou muito crítico ao formato que a maioria dos cursos a distância disponibiliza para os alunos. Geralmente um professor especialista elabora o conteúdo, em arquivos pdf e PowerPoint, por exemplo, e este é praticamente jogado ao aluno sem que haja a figura de um professor atuando ativamente.
Diante dessas alegações, posso concluir que o campo é vasto e ainda carente de aperfeiçoamento, mas o futuro é muito promissor e sem dúvida haverá muitos nortes para pesquisa e aprofundamento dos temas.

Em meu blog http://leandroagape.blogspot.com pude compartilhar alguns assuntos e divulgá-los aos contatos da minha rede. Lá estão descritos mais assuntos e outros blogs que participaram deste minha experiencia, além de conteúdos diversos.  Compartilho algumas informações sobre como escolher um curso a distância, o que o aluno deve verificar numa instituição antes de se matricular e ainda comento sobre a nova abordagem no processo ensino-aprendizagem a distância. Algumas outras informações sobre mercado de trabalho e marketing pessoal também estão postadas lá, vale a pena conferir.

Impacto da tecnologia na educação ainda não pode ser medido, diz OCDE


Relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), divulgado no final de junho, compara dados de acesso às tecnologias da informação e comunicação, em casa ou na escola, com alguns dos resultados do
Pisa, de 2009 (íntegra em inglês aqui).
Dos 70 que participam do Pisa ((Programa Internacional de Avaliação de Alunos), apenas alunos de 15 anos de 16 países foram analisados neste novo relatório. Uma das principais conclusões a que se chegou é que ainda não se pode medir o impacto do acesso a computadores e internet em sala de aula a resultados acadêmicos mais positivos. Segundo afirma seus redatores, é preciso investigar a qualidade das atividades desenvolvidas durante o período escolar para poder chegar a alguma conclusão.


Por outro lado, de maneira surpreendente, o relatório afirma no entanto que o mesmo acesso em casa tem influência positiva nas habilidades de leitura em ambiente digital e nas competências de navegação. Como, nesse caso, as atividades estão em geral
mais ligadas ao interesse particular dos alunos, é essa motivação diversa que, segundo os autores, deve se refletir de maneira diferente nos dados.


Inclusão digital


A média de acesso nos países que participam do Pisa aumentou nos últimos dez anos. Em 2000, a porcentagem de estudantes que tinha computadores em casa era de 72%; em 2009, 94%. Acesso à internet em casa saltou de 45% para 89% no mesmo período.
Mas a diferença de inclusão digital ainda persiste entre países. Enquanto os cidadãos da Holanda, Finlândia e Noruega têm acesso quase universal ao computador e à internet em casa, menos da metade dos estudantes mexicanos têm tal condição. Onze países membros têm acesso considerado baixo, sendo os piores o
Quirguistão (14%) e Indonésia (8%).
O uso de tecnologias da informação nas escolas parece compensar a falta de acesso nas residências em países como Portugal, Itália, Polônia, Hungria, Grécia e Suíça.




Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/saber/948125-impacto-da-tecnologia-na-educacao-ainda-nao-pode-sermedido-diz-ocde.shtml

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Como escolher um curso à distância sem correr riscos


Ao mesmo tempo que aumenta a procura e a oferta de Educação à Distância (EAD) no país, crescem também as dúvidas e as preocupações entre os estudantes interessados nessa modalidade de ensino.

Para o secretário de EAD da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Sérgio Franco, o primeiro passo é verificar se a instituição e seus polos presenciais estão regularizados junto ao Ministério da Educação (MEC). A informação pode ser conferida no site. Também vale a pena conversar com outros alunos e buscar informações sobre o curso nas páginas das universidades, onde deve-se observar a metodologia utilizada. Franco alerta que uma boa graduação à distância deve incluir mecanismos efetivos de interação entre o professor e o aluno, para explicações sobre os conteúdos.
– A pessoa precisa se perguntar se ela tem o perfil adequado ao método de ensino oferecido. Nem todos se encaixam – indica o secretário.
O sucesso dos estudos depende de muita disciplina e organização, pois não há horários de aula pré-estabelecidos. Engana-se quem pensa que isso facilita a obtenção do diploma – o estudante deve se dedicar bastante e, sem organização, pode acabar acumulando trabalho e perdendo prazos.
Gerente de EAD da Unisinos, Carlos Eduardo Sabrito lembra a importância de se informar sobre as avaliações do MEC e a qualificação do corpo docente. Algumas instituições, diz, permitem à pessoa interessada testar os ambientes virtuais disponibilizados no curso antes de tomar a decisão.
– As graduações mais procuradas na modalidade à distância são Pedagogia, Administração e Serviço Social. Os cursos de especialização também estão em alta, devido ao interesse do meio empresarial – afirma Sabrito.

Qual a legislação que regula a educação à distância?
No Brasil, as bases legais para a modalidade de educação à distância foram estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei nº 9.394/96). Essa modalidade é regulada pelos decretos 5.622/05, 5.773/06 e 6.303/07, e pelas portarias normativas 40/07 e 10/09.
Como saber se a instituição é credenciada pelo MEC?
Você pode verificar a regularidade da instituição acessando o Sistema de Consulta de Instituições Credenciadas para Educação à Distância e Polos de Apoio Presencial (Siead), no site siead.mec.gov.br
Como identificar uma instituição de EAD idônea e de qualidade?
- Verifique se ela está formalmente credenciada pelo MEC no caso de cursos superiores
- Consulte no sistema do MEC (siead.mec.gov.br) se os polos de apoio presencial também estão regulares
- Informe-se sobre a existência de denúncias graves ou irregularidades na instituição desejada
- Consulte estudantes da instituição para averiguar se há algum problema na oferta e no andamento dos cursos
Como escolher um curso à distância?
- Visite o polo de apoio presencial onde você participará das atividades presenciais obrigatórias, veja se o ambiente é apropriado, se há biblioteca e laboratórios (se o curso exigir)
- Informe-se com alunos atuais e egressos
- Verifique a instituição responsável, sua idoneidade e reputação, bem como dos coordenadores e professores do curso
- Confira ou solicite informações sobre a estrutura de apoio oferecida aos alunos (suporte técnico, apoio pedagógico, orientação acadêmica)
- Observe ainda a metodologia de ensino da instituição, as tecnologias usadas, o tipo de material didático disponível, as variedades de interação oferecidas e o tempo que se leva para responder às dúvidas
Como se dá a relação professor-aluno?
Eles interagem por e-mail, programas de mensagens instantâneas, chats. Além disso, de acordo com cada curso, ocorrem encontros presenciais para tirar dúvidas, entregar trabalhos, fazer provas.
Quais são as características que um estudante de EAD deve ter?
Disciplina, comprometimento, organização. EAD exige que o aluno se vire bem sozinho, sem ter alguém o cobrando o tempo inteiro. Nem todos têm o perfil necessário. O aluno precisa avaliar suas próprias características antes de optar por um curso desse tipo.
O que é um polo de educação à distância?
Também chamado de polo de apoio presencial, é o local devidamente credenciado pelo MEC, no país ou no Exterior, próprio para o desenvolvimento descentralizado de atividades pedagógicas e administrativas relativas aos cursos e programas ofertados à distância. É no polo que o estudante terá as atividades de tutoria presencial, laboratórios, biblioteca, teleaulas e avaliação (provas, trabalhos) e poderá utilizar toda a infraestrutura tecnológica para contatos com a instituição ofertante.
Quais são os pontos positivos da EAD?
- Incluir pessoas portadoras de deficiências que não podem frequentar aulas presencialmente
- Dar chance para aqueles que moram em lugares isolados
- Beneficiar pessoas que trabalham e não podem frequentar aulas presenciais em horários tradicionais
- Permitir que estudantes em qualquer lugar do país participem de cursos de graduação e pós-graduação oferecidos por instituições de grande reputação acadêmica
A procura pela EAD no Brasil tem mesmo aumentado?
Sim. Segundo dados do MEC, em 2005 foram 233,6 mil inscrições e, em 2009, esse número chegou a 665,8 mil.
As empresas preferem profissionais formados em cursos presenciais?
Ainda existe preconceito, mas o mercado de trabalho vem entendendo que a pessoa com EAD desenvolve habilidades importantes e valorizadas, como autonomia para resolver problemas, responsabilidade, organização, disciplina e percepção para analisar e filtrar informações.
Como é o cenário mundial da EAD?
Em países da Europa, por exemplo, os cursos à distância são mais antigos e bem valorizados no mercado de trabalho. As empresas já identificam funções mais adequadas para profissionais formados em EAD, como aquelas que exigem autonomia e organização.
Cursos com disciplinas técnicas, como Engenharia, podem ser oferecidos à distância?
Sim, mas o maior desafio é quando o curso exige um laboratório. Nesses casos, os polos presenciais precisam estar equipados para formar o aluno adequadamente.
Observe se a instituição já tem tradição no ensino presencial e se é reconhecida por suas graduações de boa qualidade. Universidades respeitadas não vão arriscar estragar sua imagem com cursos ruins.
Fonte: Zero Hora

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Educação a Distância e a nova compreensão do processo ensino-aprendizagem

É de conhecimento de todos que a EAD (Educação a Distância) já está entre nós há mais de um século. Ela tem marcado sua presença fazendo uso de diferentes tecnologias, desde o material impresso, passando pelo rádio, a televisão, até chegar aos computadores. O desenvolvimento da tecnologia da comunicação deu-lhe novo impulso, colocando-a em evidência nesta última década.
Certamente a evolução tecnológica tem tido papel importante no processo de maturação da EAD, de "alternativa" hoje ela é considerada uma modalidade de ensino regular; e todas as formas de EAD dependem de algum tipo de tecnologia, mesmo a mais antiga como correspondência, dependia da impressão, escrita e correio. Agora temos muitos outros tipos de transmissão da informação, desde a televisão educativa à videoconferência e redes on-line.
Sabe-se que a EAD se apresenta hoje como uma modalidade de educação que possibilita a inovação dos procedimentos de ensino, o desenvolvimento de uma educação extra-escolar que se utiliza dos diversos meios eletrônicos de comunicação, possibilitando o acesso de novos públicos em locais distantes e dispersos geograficamente (Zamudio, 1997). Já não carregamos mais conosco a ilusão de décadas atrás, tão bem descrita por Haeberle (1997):
As primeiras transmissões de um sinal televisivo via satélite, capaz de chegar a qualquer lugar do planeta, fizeram florescer grandes ilusões nos educadores. Eram os anos 60. A possibilidade de multiplicar a imagem e a voz de um professor e de chegar aos lugares mais distantes fizeram pensar que o problema da marginalização educacional de boa parte do mundo estava resolvido. (p.363) 
A experiência acumulada nesta área nos permite afirmar que não é a tecnologia que garante o sucesso da EAD. Os professores precisam saber como fazer EAD. Ensinar a distância é muito diferente de ensinar presencialmente, mesmo para professores com larga experiência em ensino. São necessárias diferentes habilidades de apresentação da informação e de planejamento, desenvolvimento e avaliação de estratégias de ensino nas quais professor e aluno estejam distantes fisicamente. Além do mais, é necessário dominar o meio ou o sistema de transmissão da informação adotado. Nas próximas décadas veremos uma nova geração de professores que terá realmente se graduado a distância e adquirido experiência real para realizar cursos via EAD.